sábado, 27 de maio de 2006

de novo...

Amo-te tanto meu amor
não cante humano no coração com mais verdade
amo-te como amigo e como amante
numa sempre diversa realidade

amo-te afim de um calmo amor prestante
e te amo além
presente na saudade
amo-te enfim,
com grande liberdade
dentro da eternidade
e a cada instante

amo-te como um bicho simplesmente
de um amor sem mistério e sem virtude
com um desejo maciço e permanente
e de te amar assim muito,
e à miude
é que um dia em teu corpo de repente
hei de morrer de amar mais do que pude.

ViNiCiUs de Moraes

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