sábado, 6 de maio de 2006

Se preciso for

"É preciso sofrer depois de ter sofrido,
e amar, e mais amar, depois de ter amado"

Marketing com qu

UM CEGO EM PARIS

Havia um cego sentado na calçada em Paris, com um boné a seus pés e um pedaço de madeira que, escrito com giz branco, dizia: - "Por favor, ajude-me, sou cego".

Um publicitário, da área de criação, que passava em frente a ele, parou e viu umas poucas moedas no boné. Sem pedir licença, pegou o cartaz, virou-o, pegou o giz e escreveu outro anúncio. Voltou a colocar o pedaço de madeira, aos pés do cego e foi embora.

Pela tarde o publicitário voltou a passar em frente ao cego reconheceu as pisadas e lhe perguntou se havia sido ele quem reescreveu seu cartaz, sobretudo querendo saber o que havia escrito ali. O publicitário respondeu: "Nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas com outras palavras". Sorriu e continuou seu caminho. O cego nunca soube mas seu novo cartaz dizia: "Hoje é primavera em Paris e eu não posso vê-la".

Mudar a estratégia quando nada nos acontece... Podem trazer novas perspectivas. Precisamos escolher a forma certa de nos comunicar com as pessoas.

Relação a dois

Lendo a entrevista que o médico e escritor Drauzio Varela deu para a revista Marie Claire, encontrei a definição mais simples e exata sobre o sentido de mantermos uma relação: "uma relação tem que servir para tornar a vida dos dois mais fácil"

Vou dar continuidade a esta afirmação porque o assunto é bom e merece ser desenvolvido.

Algumas pessoas mantém relações para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a si mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça.

Todos fadados à frustração.

Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.

Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio sem que nenhum dos dois se incomode com isso.

Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada e bonita a seu modo. Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.

Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro quando o cobertor cair.

Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.


Perdi o nome do autor do texto...

Aveia e mel

de repente
não mais que de repente
o tempo parou

nada mais importava
na fração de segundo
do seu abraço

um aperto charmoso
Macio e suave
de um colo gostoso

gentil tocar dos corpos
sentir seu coração
ouvir sua razão

entender você
e querer, apesar de proibido
sermos um

mulher de vidas
amor de anos
surgiu do nada

de repente
não mais que de repente
o tempo vai

Leminsk

quando eu tiver setenta anos
então vai acabar essa adolescência

vou largar da vida louca
e terminar minha livre-docência

vou fazer o que meu pai quer
começar a vida com passo perfeito

vou fazer o que miha mãe deseja
aproveitar as oportunidades
de virar um pilar da sociedade
e terminar meu curso de direito

então ver tudo em sã consciência
quando acabar essa adolescência


Né?