sábado, 3 de junho de 2006

Dear Afrikaner ususmi

A vida pode ser vista de várias maneiras
Escolha a sua.

A liberdade desafia os grilhões do medo da escravidão,
e nossa fé desafia a escravidão do medo.

Vitor Hugo (não o da bolsa de couro)

DESEJO

Vitor Hugo

Desejo primeiro que você ame, E que, amando, também seja amado.
E que, se não for, seja breve em esquecer. E que, esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim. Mas, se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos, Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis, E que pelo menos num deles Você possa confiar sem duvidar.

E porque a vida é assim, Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos nem poucos, Mas na medida exata para que algumas vezes,
Você se interpele a respeito de suas próprias incertezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo.
Para que você não se sinta demasiadamente seguro.

Desejo depois que você seja útil, Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos, Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante Não com os que erram pouco,
Porque isso é fácil, Mas com os que erram muito e Irremediavelmente
E que fazendo bom uso dessa tolerância Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem, Não amadureça depressa demais,
E, sendo maduro, não insista em Rejuvenescer.

E que sendo velho, não se dedique ao Desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor
E é preciso deixar que eles escorram entre nós.

Desejo, por sinal, que você seja triste. Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia, descubra Que o riso diário é bom,
Riso habitual é insonso e o Riso constante é insano.

Desejo que você descubra, Como máximo de urgência
Acima e a respeito de tudo, Que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, E que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague Um gato, Alimente um cuco
e ouça o João-de-barro erguer triunfante O seu canto matinal.
Porque assim você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante Uma semente
Por mais minúscula que seja E acompanhe seu crescimento
Para que você saiba quantas Muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha Dinheiro
Porque é preciso ser prático. E que, pelo menos uma vez por ano,
Coloque um pouco dele na sua frente e diga isso é meu
Só para que fique bem claro quem É o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
por ele e por você Mas se morrer você possa Chorar
Sem se lamentar e sofrer Sem se culpar

Desejo por fim que você Sendo homem
Tenha uma boa mulher E que, sendo mulher,
Tenha um bom homem E que se amem hoje, amanhã e
Nos dias seguintes E quando estiverem exaustos e Sorridentes
Ainda haja amor para recomeçar

E se tudo isso acontecer
Não tenho mais nada a lhe desejar.

sexta-feira, 2 de junho de 2006

Morte

São "recursos" ou artimanhas usadas pelo eu,
existência que pretende se perpetuar e dominar:
(a) repressão;
(b) sublimação;
(c) racionalização;
(d) projeção e
(e) regressão.

Os mesmo truques que Freud denunciou como "dinamismos" para resolver incompatibilidades entre a natureza primitiva animalóide (o Id) e as exigências do que ele chamava de realidade.

Freud encontrou dois instintos básicos na alma humana: eros e thanatos, isto é, o instinto do sexo-vida (libido) e o instinto da morte.

Todavia, não obstante a genialidade e pioneirismo de Freud ele somente tratou, observou e estudou neuróticos. E, partir daí, autorizou-se a estender a todas as pessoas suas conclusões. Que sabia ele sobre a mente de um santo, de um yogi, ou de uma pessoa apenas mentalmente sadia? Se é que para ele exitiam tais pessoas.

'Tanha' (a sede de existir) e 'abhinivesha' (o medo de morrer) são a mesma coisa. Trata-se domesmo instinto essencial, que expressa uma lei universal, a "lei do sobreviva", ou a "lei do continue".

O ego pessoal tem muito apego a seu trono usurpado, o trono de Eu Sou. Ele é o grande adversário de Eu Sou. Supondo que vive, anseia e luta por continuar, por sobreviver. Em sua batalha de sobrevivência, genialmente lança mão dos mecanismos e truques mais sutis e luciferinos para vencer todas as diligências que a alma, já escutando o clamor de Deus (Eu Sou), tenta, no sentido de se libertar. A libertação é inatingível enquanto um diabólico "eu sou Fulano" for vivendo à custa de bem engendradas manobras. Fazendo justiça a Freud, declaro que disso ele entendeu muito.

Todos nós somos um sistema, isto é, um conjunto de componentes que, não obstante individuais, nada valem, se não fizerem parte do conjunto, interagindo com outras partes e mesmo com o todo. Nosso fígado, por exemplo, é um pequeno sistema formado de células. Em conjunto com os demais órgãos, forma um sistema bem maior, que é o nosso organismo. Nosso organismo, nossa mente, nosso componente energético e outros componentes ainda mais sutis formam o grande sistema que é o homem, ainda hoje "este desconhecido".

A previsão da morte apavora porque acreditamos que seja o fim daquilo que nos motiva com maior intensidade: o continuar existindo. Apavora-nos por supormos ser uma imersão sem retorno, no vazio, no nada, no escuro, no desconhecido. Apavora-nos porque a vemos como desagradável despojamento do que acreditamos possuir: coisas, poderes, ideais, riquezas, pessoas "amadas" (?!)... Amendronta-nos por impor distâncias e ausências definitivas.

O verdadeiro Yoga, o verdadeiro Cristianismo, o verdadeiro Budismo e o verdadeiro Vedanta são a Verdade, a "Verdade que liberta" a alma em evolução (jíva) da tirania da morte, pois que nos leva à própria Vida. A Vida é imortal, mas ainda está longe daqueles que existem no "vale da sombra e da morte" (samsára). Quem nos pode salvar da opressão e da morte, do reino luciferino de "eu sou Fulano", senão Aquele que claramente declarou: "Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida"?!

Já vão tantos milênios de horror à morte que faz parecer impossível defender a tese de que 'thanatos' não é adversário, mas é útil, necessário, e mais: tem poesia e beleza. Sim, a "irmã Morte", conforme São Franscisco de Assis chamava, é uma das expressões, ainda mal compreendidas, da misericórdia de Deus ( O Grande Mistério). Não dói. Não destrói. Não pode, portanto, angustiar aqueles que avançam no Caminho, na Verdade e vivem na Vida.



Prof. Hermógenes,

segunda-feira, 29 de maio de 2006

Tantra

O Yoga tântrico é audaciosamente afirmativo em suas abordagens metodológicas.

Outros sistemas de Yoga dão muito destaque à renúncia e à ausência de desejo como ajuda à libertação. Mas o Tantra Yoga afirma a necessidade de uma satisfação inteligente dos desejos naturais.

Nessa visão, não há antagonismo básico entre a natureza e o espírito. A natureza é o poder criativo do espírito na esfera objetiva. Ninguém, portanto, pode entrar no reino do espírito sem primeiro obter um passaporte emitido pela natureza.

A prática da austeridade, ascetismo e automortificação é um insulto à natureza. Cria mais dificuldades que as soluciona. Por enfraquecer o corpo e por gerar conflitos internos e tensões, enquanto solapa o desenvolvimento sadio e equilibrado.

Prof Hermógenes

Meet u 1/2 way

Meet u half way


Te encontro no meio do caminho
porque minha trilha já segui
até aqui.

pra frente só se você estiver aqui
ao meu lado,
para caminharmos juntos

Porque fiz o máximo;
cocei sem trair
puxei os limites
mas ali fiquei

Não por não querer
mas por não poder

fácil não?
quando o um não quer
dois não fazem

E querer é obra do coração
autônomo e cheio de paixão
amargurado e sempre apaixonado

Foi assim
Sem ferir conceitos
Sem magoar ninguém
a não ser minha esperança

que é autônoma também
e vai a lugares belos e às vezes inóspitos
por tempos que só ela tem



e pensa sozinha
e me diz que se o um não quis,
o dois não pode por ambos querer.

justo é o sabor da verdade
amargo ou doce
suave ou áspero
quente ou frio

Sempre em busca
da felicidade
a qualquer tempo
sem pressa sem atropelos.

Simples assim também.

Meet U half way

Would u be there?

bRuXAriAS

L A C H A T
A............A
C............H
H............C
A............A
T A H C A L