terça-feira, 29 de novembro de 2005

Sto Agostinho e Sta Maria Goréte

A teoria agostiniana estabelece que todo conhecimento verdadeiro é o resultado de um processo de iluminação divina, que possibilita ao homem contemplar as idéias, arquétipos eternos de toda a realidade.

Nesse tipo de conhecimento a própria luz divina não é vista, mas serve apenas para iluminar as idéias. Um outro tipo seria aquele no qual o homem contempla a luz divina, olhando o próprio sol: a experiência mística.

Agostinho concebe a unidade divina não como vazia e inerte, mas como plena , viva e guardando dentro de si a multiplicidade. Deus compreende três pessoas iguais e consubstanciais: Pai, Filho e Espírito Santo.
no homem José: Jesus Kristos E Logus
Brahma Vishnu e Shiva
são consubstanciais - tudoaomesmotemposempre entende?

Sta Maria Goréte minha tia rezava pra ela....

Nunca diga não

Lembra da brincadeira de não usar a palavra não?
De não deixar revelar o espelho de Electra?

Então : na psicologia, a objeção que levanto é contra a possibilidade de se viver com o paciente sua própria visão do mundo, de sua situação e de si mesmo.
Como a subjetividade deve estar também no psicólogo, é impossível ter o terapeuta uma intuição desses aspectos que seja inteiramente livre do seu próprio eu (que não sabemos quem é na verdade...), do seu próprio pensar (ato diverso do observar), de modo a evitar introduzirem-se em sua análise certas impressões pessoais que precisaria evitar.
Então o que a Fenomenologia diz é que o terapeuta deve buscar compreender com a sua subjetividade a subjetividade alheia.

Na verdade, necessita um grupo de psicólogos consultores de modo que as suas visões possam se somar para uma compreensão mais profunda de um fenômeno. (Isto é chamado "intersubjectividade").
Porém deve lembrar-se de que, a rigor, ele não tem nenhum padrão absolutamente confiável para aprovar ou reprovar qualquer comportamento alheio, apesar de se encontrar confortável com a estatística da normalidade das atitudes e dos costumes.

Conversemos mais com a Chu, Klain, e os Vedânticos.
Bjs

Gestalt e a metafísica

Seguinte -
Ineressante sua explanação e paralelo entre a Gestaltt e a Fenô.
Mas ainda sigo as upanishads e os Vedas, em especial o Vedanta,
mesmo por q de lá surgiram essas teorias todas.


A sala não existe porq vc não a vê como ela realmente é - falta-lhe alguns sentidos.
E a mente não existe na medida em q o observador não pode se dividir em dois...
a mente é o céu, e as nuvens os pensamentos...
a mente é sujeito de uma oração sem objeto...
ontem choveu...lembra?

Tipo quem choveu? A chuva? o tempo?
Eu observo meus pensamentos? Quem sou eu?
se for observar caio de novo no observador dos pensamentos, que sei q observa mas não sei como nem de onde ...
mas o só saber q existe já cria uma individualidade.
Aí nos enganamos - pensamos em não pensar - isso é impossível ainda -
o q podemos fazer é reconhecer o pensamento e não interagir com ele.


Pronto ... vc está meditando, conhecendo seu verdadeiro eu --- uma hora os pensamentos diminuem de fluxo e de velocidade e vc verá intervalos entre eles... esses intervalos são sua mente pura... você real, sem sentidos, o céu sem nuvens...

Não o céu azul, a imensidão total dos céus.



Voltando às letras - não importa para a Fenomenologia como o mundo real afeta os sentidos.
Isso fica claro quando Husserl distingue entre percepção e intuição.
Alguém pode perceber e estar consciente de algo, porém sem intuir o seu significado diz ele.
A intuição Eidética é essencial para a redução Eidética.
Redução fenomenológica mesmo.


Ela é o dar-se conta da essência, do significado do que foi percebido.O modo de apreender a essência é, no jargão dos fenomenólogos, o Wesensschau, a intuição das essências e das estruturas essenciais,

no exemplo clássico do triângulo, o "Invariante" do triângulo é aquilo que estará em todos os triângulos, e não vai variar de um triângulo para outro.

Imagine um triânculo.

A figura que tiver unicamente três lados em um mesmo plano, não será outra coisa, será um triângulo.




A FeNô afirma a importância dos fenômenos da consciência, os quais devem ser estudados em si mesmos – tudo que podemos saber do mundo resume-se a esses fenômenos, a esses objetos ideais que existem na mente, cada um designado por uma palavra que representa a sua essência, sua "significação".


Se assim o é, foge ela da realidade presente (mesmo q não exista tempo presente) mas não prima em resgatar o passado psicoanalítico do Charutão, resgata a da tal tijela de conhecimentos pré-concebidos e pré-valorizados que utilizamos da mesma forma, nova utuilização.

Jung o utilizava como princípio e ponto de partida para o inconsciente coletivo, provado e estudado em diversas culturas. - aliás Jung era o cara.

Os objetos da Fenomenologia são dados absolutos apreendidos em intuição pura, com o propósito de descobrir estruturas essenciais dos atos (noesis) e as entidades objetivas que correspondem a elas (noema). A Fenomenologia representou uma reação à pretensão dos cientistas de eliminar a metafísica, nisso ocorre a beleza da forma de estruturação fenomenológica - ao fazer a redução o observador atinge o objeto observado através de uma observação pura que revela em si o objeto....onde ele realmente está (tempo e espaço representados)... já que a realidade como a entendemos não existe.



A redução fenomenológica, e devo lembrar q a Fenô é o estudo da consciência e dos objetos da consciência, é o processo pelo qual tudo que é informado pelos sentidos (sentidos imperfeitos e informação errada) é mudado em uma experiência de consciência, em um fenômeno que consiste em se estar consciente de algo.

Reduz...

Assim coisas, imagens, fantasias, atos, relações, pensamentos eventos, memórias, sentimentos, etc. constituem nossas experiências de consciência. Husserl propôs então que, no estudo das nossas vivências, dos nossos estados de consciência, dos objetos ideais, desse fenômeno que é estar consciente de algo, não devemos nos preocupar se ele corresponde ou não a objetos do mundo externo à nossa mente.

O interesse não é o mundo que existe, mas sim o modo como o conhecimento do mundo se dá tem lugar, como se realiza para cada pessoa.

A redução fenomenológica requer a suspensão das atitudes, crenças, teorias, e colocar em suspenso o conhecimento das coisas do mundo exterior a fim de concentrar-se a pessoa exclusivamente na experiência em foco, porque esta é a realidade para ela. Assim não usamos a tijela para entender ou interpretar, não usamos o passado, usamos o presente absoluto, o que é agora e aqui.

Aí se encontra a chave da consciência das Upanishads - colocar em susupenso a mente dita consciente e a razão.

Na redução fenomenológica, a Noesis é o ato de perceber. Aquilo que é percebido, o objeto da percepção, é o noema. A coisa como fenômeno de consciência (noema) é a coisa que importa, e refere-se a ela a conclamação "às coisas em si mesmas" que fizera Husserl.

"Redução fenomenológica" significa, portanto, restringir o conhecimento ao fenômeno da experiência de consciência, desconsiderar o mundo real (que não o é), colocá-lo "entre parênteses", - o que no jargão fenomenológico não quer dizer que o filósofo deva duvidar da existência do mundo (do que eu duvido) mas sim que a questão para a fenomenologia é antes o modo como o conhecimento do mundo acontece, a visão do mundo que o indivíduo tem.

Isso se faz claro numa brincadeira de criança onde não existem duas versões iguais para uma cena, ação emoção ou mesmo um quadro pintado - cada um interpreta a realdade de uma forma específica - da forma como a realidade aconteceu para ela.

Várias realidades individuais ao mesmo tempo formam um bloco de entendimento em coisas gerais e não detalhadas - mas não ocorre o mesmo no particular, no específico, na detalhada interpretação - eis o porque a lógica e o pensamento lógico dedutivo não pode explicar a realidade - ele em si mesmo se apresenta como sofismo.

Né?

domingo, 27 de novembro de 2005

De novo - objeto observado

De novo...

Observador, Objeto observado e observação não se confundem,
mas ao se mesclarem mostram a realidade,
longe de nossa ilusão de vida e existência.

Mas se mesclam-se assim se confundem, mas isso é outra história...

Mas só sei disso pelos livros que li e pelas discussões que travei

Nunca experimentei tais conhecimentos,
que portanto, não me conhecem nem reconhecem.

Se a sala não existe, e já que tudo que vejo não é o que realmente lá está
é na verdade uma releitura e projeção do mesmo objeto
cuja imagem está gravada no meu cérebro,

ou seja continuo usando de minha tijela de coisas
para interpretar coisas novas e velhas
e se continuo trazendo as experiências do meu cérebro
portanto da minha memória,
trago do passado a interpretação do presente
estou, na verdade, fugindo dele

Devo também fazer isso
com meus sentimentos e
sensações...

Porque dói meu joelho?
Porque acredito na dor - que ela existe
e mais acredito nesse joelho... que na verdade não esta ái...

Mas como entender e vivenciar o presente?
Se na verdade ele não existe, nem mesmo a fração de tempo mínima.

Cintilação

Ora (direis) ouvi estrelas?
Certo perdeste o censo!
E vos direi, no entanto,
que para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, palido de espanto

Amai para entendê-las
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e entender estrelas.

Canto XIII Via Lactea

Presta atenção

NamastÊ!

Foi mais ou menos assim....

E só conto o final por ser mais quase um prólogo...
ou não

... Por favor, peça para que ele pare de comer açúcar!
então Gandhi pediu aquela mãe que voltasse uns 15 dias depois.
Tempo decorrido, a mãe o procura novamente
e Gandhi olha o menino com bastante atenção e diz:
- Pare de comer açúcar! O menino baixou a cabeça mas fez sinal de que iria obedecê-lo.

A mãe não entedeu nada daquilo e perguntou, super intrigada:
- Mahatma, por que você não falou isso há 15 dias atrás?
E Gandhi responde: - É que há 15 dias atrás eu também comia açúcar!
Quantas vezes exigimos do outro aquilo que ainda não conseguimos mudar em nós.

Mutatis mutandi
Um dia numa prática o professor começou a balbuciar palavras sobre meias nos pés e parou.
Voltou a seu lugar tirou suas próprioas meias,
então....
assim dado o exemplo
pediu a gentileza de tirarmos nossas meias já que não estava tão frio assim...
E riu-se deveras... lembrando-se talvez do ensinamento de Mahatma
mesmo que não dele, mas sim um ensinamento

Hoje rio eu
lembrando de Mahatma de meu mestre de Yoga e de vida ....
e faço o mesmo em minhas práticas...
Experimento e mudo em mim antes para sugerir mudanças só depois.

Quiçá possa deleitar-me com essa sabedoria por mais, muito mais tempo.
Afinal só é possível filosofar com o Alemão...

Eu sou eu e você é você?

Então lá estávamos nós jogando conversa fora
aliás a única coisa possível com conversas
e surgiu a pergunta:
Porque eu sou eu; e não sou você?

Sensacional observação...
Fácil -
Porque você acredita na dualidade das coisas,
acredita na ilusão que pessoas e coisas são diferentes são individuais...
esquece-se de que tudo é uma só coisa, um só substrato.

Porque fácil? Se eu já tive um flash de consciência, um raio de lucidez?
Nunca.