quarta-feira, 2 de fevereiro de 2005

Desiderata

Caminha calmo entre o ruído e a pressa
e pensa na paz que podes encontrar no silêncio.

Na medida do possível,sem render-te
mantém boas relações com todas as pessoas.

Diz tua verdade de modo tranquilo e claro,e escuta aos demais,inclusive ao teimoso e ao ignorante,pois eles têm também sua própria história.

Evita as pessoas barulhentas e agressivas,pois são um desgaste para o espírito.
Se te comparares aos outros,podes te tornar vaidoso e amaragurado,pois sempre haverá pessoas maiores e menores que tu.

Desfruta de teus êxitos assim como de teus planos.

Mantém o interesse em tua profissão,por mais humilde que seja.
Ela é um verdadeiro tesouro no fortuito mudar dos tempos.

Sê cauteloso em teus negócios, pois o mundo está cheio de ingênuos.
Mas não deixe que isto te torne cego para a virtude que existe.

Há muitas pessoas que se esforçam para alcançar nobres ideais.
Em todo lugar a vida está cheia de heroísmo.

Sê sincero contigo mesmo,
Especialmente não finjas afeto.

Tão pouco sejas único no amor
Pois no meio das asperezas e desenganos,
O amor é perene como a relva.

Acata docilmente o conselho dos anos,
Abandonando com altivez as coisas da juventude.

Cultiva a força de espírito,para que te proteja nas adversidades repentinas.
Muitos temores nascem da fadiga e da solidão.

Sobre uma sã disciplina sê benigno contigo mesmo.Tu és uma criatura do universo,não menos que as plantas e as estrelas,
tens o direito de existir e,
ainda que te pareças certo ou não,
indubitavelmente o Universo se desenvolve como deveria.

Por isso mantém a Paz com Deus,
O Grande Mistério,
qualquer que seja a tua idéia Dele.

Qualquer que seja teu ofício,
teus trabalhos ou tuas aspirações,
conserva, na inquieta confusão da vida,a paz com tua alma.


Retirado de um texto
escrito numa parede
numa pousada
na praia do Espelho
no 5º dia da caminhada do descobrimento
Cumuruxatiba-Quadrado
Falta metade do texto original -
Gaúcho e Sra., Paolita, Vivi, Mari, Bel...
se alguém tiver por favor me manda...
Minha capa de mochila, calos,
e filtros polarizadores tb
:O)

Da dor

Em resposta a sua exclamação e interrogação de como aguentar tamanha dor, ouso publicar com seu aval, parte de minha reposta de antiga correspondência. Não com a intenção de remexer nossas dores e fantasmas, mas de clarear e dividir o conforto que quiçá tivéramos com amigos e grandes parceiros de caminhada:Pé, Axé, Vini, Déinha e Cris, e a quem por tanto sofrimento passa como passamos:

"Não sei Chico, o que posso dizer é de mim, minha história é assim:

Uma vez perdi uma namorada e achei que isso era dor demais,
depois, mas não no tempo, perdi um ano no colégio, um na faculdade, uma outra namorada,
Meu pai, a mulher da minha vida, o emprego, a minha carreira
Se tudo é relativo... relativa também é a idéia que faço da minha dor e da minha felicidade...

Às vezes, pra mim, a solidão é necessária, Chico.
Não aquela solidão que eu juro por Deus que eu não mereço,
mas aquela mais funda, mais dolorida, mais existencial.
Aquela dor que me pergunta de onde eu vim,
para onde eu vou, quem sou eu, o que vim fazer aqui?

Nessas horas minhas respostas ficam sem perguntas.
Meus amores ficam sem pessoas,
fica um sentimento gentil pelo mundo...despersonalizado

Quase que entendo que tudo passa...quase sei que depois melhora...
Quase admito a morte, o fim, a vitória na derrota, a dor e a doença...
outra face da paz, do amor e da alegria.

Mas Quase é muito perto do Nunca...
ambos tendem ao infinito...

Nunca mais posso abraçar meu pai...
não posso deitar no seu colo e perguntar como são as coisas...
Não consigo mais ouvir seus conselhos,
sua mão doce acariciando minha cabeça que dói de sempre bater...

E quase sempre me pego pensando...
quase passei num concurso....
quase casei....
Quase ganhei na loteria....

Mas acredito - e acreditar é o que me mantém,
que tudo é impermanente...vai e vem...
numa dança Universal, cósmica...
Dor e amor são dois lados da mesma moeda que fica girando no ar sem parar...

Dói...
dor de saudades...
dor de quem perdeu o filho
dor do braço amputado que belisca
dor do parto, ... da morte
dor de dente,
de gente que não mais está aqui...

Sufoca de um tanto que não dá nem pra pensar...
dói só de pensar
é isso ...
Dor é uma coisa que não sei ensinar como sofrê-la, nem sequer sei sofrê-la.
Dor é um em dois : um sentimento em dois tempos
a dor de agora que dói no arrancar ...
E a dor do depois, que dói sempre e tanto que a única coisa que se tem a fazer,
é aprender a conviver com ela.

Viver não é preciso,
Quisera ser um barco
Olhando pro céu
abrindo os braços ao vento
deixando cair a noite em minhas vela
o céu fica em festa toda noite
e de manhã vem o sol
rasgar e estapear minha cara
num bom dia irresistível de se viver

E que vivamos dia a dia
da melhor forma que conseguimos

E la nave va."

Ps:
Axé - tá td blz,
Só repassei em publicação
Para os poucos que lêem
Uma msg de amor

Beijo do Zé

E me orgulho de beijar
aqueles em que reconheço
qualidades
tais quais as reconheci
em meu pai

:O)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2005

Das coisas como são

Quem não compreende um olhar
tampouco compreenderá uma longa explicação;
Quiçá um sentimento.

Juanita e João


A amizade é um amor que nunca morre.

Te desejo mto amor na vida!
Que ela lhe seja suave!
Amo vocês!
http://manateesp.blogspopt.com Posted by Hello

segunda-feira, 31 de janeiro de 2005

Mantra Reis brmcao400372

Quando
não tiver mais nada
Nem chão nem escada
Escudo ou espada
O Seu coração
acordará
Quando
estiver com tudo
lã cetim veludo
espada e escudo
sua consciência
adormecerá
e acoradrá no mesmo lugar
do ar até o arterial
no mesmo lar no mesmo quintal
da alma ao corpo material
Hare krishna hare krishna
Krishna krishna hare hare
Hare rama hare rama
Rama rama hare hare
Nitai gauranga Jaya Goura-hari
Hari Haraye Namah Krishna
Yadavaya Namah
Yadavaya Madhavaya
Keshavaya Namah


Gestalt ideo logia pura?

Nem behavior nem gestalt
Muito pelo Contrário

"Socorram-me subi no onibus em Marrocos"
de trás pra frente é o mesmo que de frente pra trás

Depende do ponto de vista
de quem vê
e do objeto para o todo
Mesmo porque
Quem não vê
a floresta
é porque se atrapalha com as árvores

Que floresta?

Nem certo nem errado
Tudo depende
do Zé ninguém
que cala
e daquele que,
consciente, consente.

Dá-lhe Reich, SoMa, Freire
Anas ... e Quem mais vier.

Daquele papo no bar

Se pedir saideira
tem que tomar
né pingo de leite?

De volta ao assunto:

Se observo o copo
mesmo que vazio de cerveja,
Sei que o copo não sou eu
Pois Eu o observo.

Assim, objeto observado
e sujeito observador
não se confundem.

Um é um e outro - outro.

O mesmo ocorre
comigo mesmo.

Observo meu corpo físico
Minha barriga não sou eu
Por mais que ela pense por si só...

E assim vai
porque sou sujeito
observador
e observo os objetos

tais quais
Meus sonhos
Pensamentos
Sentimentos
Formas lógicas de raciciocínio
e ilógicas de instinto

Mas se assim o é
e é.
Qual parte de mim eu é o sujeito,
o observador de tudo isso?

né?


Bruxas e bichos lá de casa

Os bichos lá em casa estão à solta
à procura do que fazer
Fazer o que.

Mesmo que alimentados
me acordam à noite
em busca de histórias
de sonhos de amores

Não importas quantas a ninar
tantos os momentos
a eles só lhes faz espreguiçar

E quando acordo
em mais um dia
rotineiramente o mesmo
Eles dormem
talvez sossegam a curiosidade

Basta entrar pelo corredor
e já os vejo atrás do sofá
procurando uma fresta
onde espiar minhas emoções.

domingo, 30 de janeiro de 2005

Esperança

Quando um coração
está cansado de sofrer,
encontra um coração
também cansado de sofrer,
é tempo de se pensar
que o amor
pode de repente chegar

Quando existe alguém
que tem saudade de alguém
e esse outro alguém
não entendeu...
Deixa esse novo amor chegar
mesmo que depois
seja imprescindível chorar

Que tolo fui eu
que em vão tentei
raciocinar
nas coias do amor
que ninguém sabe explioar

Vem... nós 2 vamos tentar.
só um novo amor
pode a saudade apagar.

Caetano Veloso
Jaques Morelembaum baixo e celo.

Dó só

O escândalo do só.
A liberdade vigiada da aurora
que ao nascer já é rompidapela luz em fúria.

A nota é
na oitava que for
a face da ré
num tribunal
de dó.

A parte do todo
que não se conhece como parte
e não pode se ver no todo
por isso mesmo

e isso naquilo
é o que é
pelo simples fato de o ser:

Quem interpreta é que valora.
e julga e joga.
fora a dor -
e o amor.

O canto reprimido dos escravos
que ainda são já que assim nasceram
amor e solidão.

Um em si mesmo
e outro por outro.
De fora pra dentro
e do pó ser ao pó será.

Mas não ser é o que é.
No coração e na canção
Cantam sublimes
no azul do meu céu
e no vermelho de minha paixão.