sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005

à vela

O vazio do meu peito
o cais abandonado
à espera de um navio
Está agitado

Não pela imperita
nau estardalhoza mas
talvez pela imprevista
manobra de volta

A vela tesa
antes reta na maré
hoje seta coordenada
nesse marzão afora
Vagabundo

ontem uma rosa
que abandonada
torna ao cais
de certo acolhimento

Meu peito solta amarras
ao vento suave
perquerindo os porquês
desses nossos caminhos

e me lembro do teu perfume.
Mas que bobagem
no porto de outrora e do manhã
as rosas não falam.

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