quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

De Moraes one moras poeta

De tudo
ao meu amor serei atento antes
e com tal zêlo
e sempre e tanto
que mesmo em face do maior encanto
dele se encante mais meu pensamento

quero vivê-lo em cada vão momento
e em seu louvor hei de espalhar meu canto
e rir meu riso e derramar meu pranto
ou seu pesar
ou seu contentamento

e assim, quando mais tarde me procure,
quem sabe a morte,
angústia de quem vive
quem sabe a solidão,
fim de quema ama,

que eu possa dizer do amor que tive
que não seja imortal posto que é chama
as que seja infinito enquanto dure

Muitos foram poetas, mas só Vinicius viveu como um.

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