quarta-feira, 19 de janeiro de 2005

"Navigare necesse; vivere non est necesse"

latim, frase de Pompeu, general romano, 106-48 aC., dita aos marinheiros, amedrontados, que recusavam viajar durante a guerra, cf. Plutarco, in Vida de Pompeu]

"Navegar é preciso; viver não é preciso".
Quero para mim o espírito [d]esta frase,

transformada a forma para a casar como eu sou:
Viver não é necessário;

o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida;
nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade;

ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.
Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.



Quem assim canta,
canta pelo amor à canção
'Possessio maris'
Amo mais
Se mais é possível
Em amor se tratar
o arremesso que a prórpia rede.
Manatee

Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena?

Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Em duas estrofes, três pérolas: o mar salgado; o tudo vale a pena, o Bojador.



Ler Pessoa? Devia ser prazer obrigatório




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