segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005

Da tristeza e do Sunscreen

Aquilo que nos faz rir nos liberta.

Eu sobrevivo, Chú e Klain, porque certa feita aprendi a rir da dor e acalantei assim meu sofrimento que não passa, mas convive comigo de forma mais suave e simples.
Eu crio e descrio, 'nasço' e mato as dores no peito várias vezes por dia. Ou não (apesar de não usar mais esse corolário) (rsrsrsrs).

Trata-se na verdade de um sentimento revolucionário esse sorrir da profunda tristeza e melancolia - todavia não existe alegria se não há o conhecimento da tristeza, daí a revolução.
Revolução e não antagonismo porque vive-se a vida e não um teorema.

E há o conhecimento profundo daquela tristeza intrínseca.
Mais que saudade - dor sem remédio, a tristeza é uma lenta e repetida ferida - tal qual a queimadura na mão do príncipe que experimentou pela primeira vez o peixe assado, no meio da multidão da floresta.
Lá, queimou a mão e o peixe se perdeu, mas a sensação do prazer não mais lhe abandona.

Realmente nenhum outro peixe jamais se igualará àquele.
Mas outros peixes virão com a maré e há a necessidade de aprender a degustar essas novas iguarias sem iguais.
A tristeza tem sempre a esperança de um dia não ser mais triste não - é assim mesmo. Há uma esperança, quase melancólica, de uma felicidade repentina se mostrar.


Morre o sentimento daquele que assim o faz, pois não percebe a realidade das pequenas felicidades, dos pequenos prazeres
e não enxerga a alegria que, unida à doce esperança do amor, misturam-se nesse horizonte pintado pelo prórpio Eu.

Eis o porque da agonia, da solidão da tristeza profunda pelo nada, da melancoia - a morte do Ego. Mata-se o Eu para se livrar daquilo em que em mim se faz incômodo - a tristeza.
Mas isso é matar uma formiga com um tiro de canhão, plageando doce filósofa do café filosófico da cultura, sempre de 'luto'.

Mas não sabem os definidores da triste melancolia sofrida, perdoem-me Heráclito, Deráclito, Sófocles e Aristóteles, que a vida é impermanente.
Que tudo acontece várias vezes, basta optar pelo que há de ser mais constante e marcante, optar pelo que se deixa guardar na memória, seletiva por natureza.

Opto, escolho por ser feliz, guardar as recordações doces e apaixonantes que vivi com todos, que ainda vivo e estou vivo assim viverei, e que sempre assim lembrarei - rindo de prazer.

Tudo foi bom de mais!
Faria tudo de novo
Use Sunscreen!
:O)
HariOm!

Nenhum comentário: