domingo, 27 de novembro de 2005

De novo - objeto observado

De novo...

Observador, Objeto observado e observação não se confundem,
mas ao se mesclarem mostram a realidade,
longe de nossa ilusão de vida e existência.

Mas se mesclam-se assim se confundem, mas isso é outra história...

Mas só sei disso pelos livros que li e pelas discussões que travei

Nunca experimentei tais conhecimentos,
que portanto, não me conhecem nem reconhecem.

Se a sala não existe, e já que tudo que vejo não é o que realmente lá está
é na verdade uma releitura e projeção do mesmo objeto
cuja imagem está gravada no meu cérebro,

ou seja continuo usando de minha tijela de coisas
para interpretar coisas novas e velhas
e se continuo trazendo as experiências do meu cérebro
portanto da minha memória,
trago do passado a interpretação do presente
estou, na verdade, fugindo dele

Devo também fazer isso
com meus sentimentos e
sensações...

Porque dói meu joelho?
Porque acredito na dor - que ela existe
e mais acredito nesse joelho... que na verdade não esta ái...

Mas como entender e vivenciar o presente?
Se na verdade ele não existe, nem mesmo a fração de tempo mínima.

Um comentário:

Anônimo disse...

Heidegger tomou seu caminho próprio, preocupado que a fenomenologia se dedicasse ao que está escondido na experiência do dia a dia. Ele tentou em 'O ser e o tempo' (1927) descrever o que chamou de estrutura do cotidiano, ou "o estar no mundo", com tudo que isto implica quanto a projetos pessoais, relacionamento e papéis sociais (pois que tudo isto também são objetos ideais). Em sua crítica, Heidegger salientou que ser lançado no mundo entre coisas e na contingência de realizar projetos é um tipo de intencionalidade muito mais fundamental que a intencionalidade de meramente contemplar ou pensar objetos, e é aquela intencionalidade mais fundamental a causa e a razão desta última, da qual se ocupava Husserl.
Mas a intencionalidade de produzir e agir no meio não pode ser testada... ela acontece concomitantemente com a idéia, com a ação do mero pensar.
Isso nos leva a crer que o mundo real é real e está sendo observado de diferentes formas e não criado.